O tradicional leilão de Angus da Santa Thereza Agricultura e Pecuária ofertará, no próximo dia 25 de outubro, a partir das 14h, no Parque de Exposições Juventino Corrêa de Moura, em Dom Pedrito (RS), uma seleção diferenciada de reprodutores prontos para o trabalho. Irão à pista, comandada pelo leiloeiro Fábio Crespo, 30 touros P, CACA e CA e 20 ventres tatuados com prenhez confirmada. Os lotes são resultado de seleção criteriosa da propriedade, que conta com mais de 700 vacas em cria e participa do Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (Promebo) desde 1978.
Segundo o pecuarista e presidente do Sindicato Rural de Dom Pedrito, José Roberto Pires Weber, os animais que irão à venda no 18º Leilão Santa Thereza – remate que tem a chancela da Associação Brasileira de Angus – estão bem preparados apesar de um ano com pastagens difíceis. “São touros de trabalho de excelente qualidade. Animais para se produzir terneiros para a produção”, pontuou. Sobre as novilhas que irão à pista lembrou que estão prenhas de pais de ponta da Santa Thereza. Os clientes que adquirirem animais no leilão terão frete subsidiado dentro do Rio Grande do Sul.
Novidades
A novidade do remate – que acontece durante a programação da 86ª Exposição Agropecuária de Dom Pedrito – Farm Show 2019 – é a oferta de cinco potrancas Crioulas.
Segundo o criador José Roberto Pires Weber, a Santa Thereza tem clientes fiéis e efetiva muitas das negociações com criatórios da própria região. “A temporada vem andando muito bem e os remates já realizados indicam isso. Temos notado uma grande presença de criadores de fora do estado, principalmente do Paraná”, acrescentou, ressaltando que os pecuaristas do estado vizinho estão aproveitando a Primavera 2019 para se abastecer antes do fechamento da divisa devido à homologação do status de livre de febre aftosa sem vacinação no estado vizinho. “O medo de se fechar a fronteira está trazendo compradores neste ano. Mas isso também significa que o Rio Grande do Sul pode perder um excelente mercado que é o Paraná. É preciso reavaliar essa situação”, ponderou o pecuarista que, no passado, foi um defensor da vacinação do rebanho gaúcho mas que, agora, admite que chegou a hora de repensar o processo. De acordo com ele, o importante é estudar as condições da fiscalização do Rio Grande do Sul de proteger o seu rebanho bovino. “Nosso maior risco é o patrimônio genético das raças britânicas que estão no Rio Grande do Sul”, alertou.