“Maníaco do ácido” admite autoria do crime, mas não explica motivação

Uma das suspeitas para o crime do maníaco do ácido é de que ele queria intimidar a ex-companheira, que mora na região dos ataques

maníaco do ácido
Luvas, ferramentas, um notebook e livros foram encontrados com o homem | Foto: Alvaro Grohmann / Especial / CP

O homem conhecido como ”maníaco do ácido” admitiu a autoria do crime em conversa informal com os policiais que efetuaram sua prisão, na última sexta-feira, em Curitiba (PR). De acordo com a Polícia Civil gaúcha, que detalhou a operação na manhã desta segunda, ele disse que os ataques foram aleatórios. Uma das suspeitas é de que o homem, um empresário de 48 anos, queria intimidar a ex-companheira, que mora na região.

Entre os dias 19 e 21 de junho, o “maníaco do ácido” agiu na rua Santa Flora, no bairro Nonoai, e na rua Francisca Prezzi Bolognesi, no bairro Aberta dos Morros. Logo depois dos cinco ataques, o Instituto Geral de Perícia (IGP) identificou nas roupas das vítimas a presença de ácido sulfúrico. A substância pode causar danos irreversíveis na pele humana.

A polícia não detalhou como chegou ao homem. Mas conseguiu fazer o cercamento eletrônico com base nos três veículos que ele alugou para facilitar o crime. Um dos carros é um HB 20 branco, identificado anteriormente. Este veículo tinha placas roubadas de um Chevrolet Astra, em Sapucaia do Sul.

O homem, que possui residência em Porto Alegre e Curitiba, também é suspeito de atirar uma carta para dentro de uma casa. No conteúdo, ele orientava que o morador jogasse ácido em outras pessoas. De acordo com a Polícia, um veículo Renault Logan alugado por ele estava na rua no momento em que a carta foi encontrada.

O titular da 13ª DP, delegado Luciano Coelho, explica que os crimes foram premeditados. “Na madrugada de sábado eu conversei com ele. Ele admitiu a autoria de todos os delitos. Podemos perceber que ele premeditou tudo, desde a subtração da placa do carro, até a compra do ácido. Ele tem um kit com todos os elementos de adulteração de placa”.

Não há indícios, por parte da defesa, de que o homem possua algum transtorno mental. Ele informou que, agora, só irá se manifestar em juízo. Na casa dele foram apreendidos diversos materiais, como um notebook, luvas e livros de auto ajuda. Se condenado, ele pode pegar uma pena que varia de quatro a oito anos.