Ligado à segurança pública, o Delegado Cleiton (PDT) tomou posse como vereador de Porto Alegre, nesta sexta-feira. Ele assume a cadeira deixada pelo emedebista André Carús, que se afastou, por tempo indeterminado, após ter sido preso em uma operação policial, na terça-feira. Cleiton é o segundo suplente da coligação MDB, PDT e Republicanos. Embora os partidos tenham trabalhado juntos nas eleições, o PDT tornou-se oposição ao governo do prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB), diferente do MDB e do Republicanos, que dão sustentação à gestão tucana.
Em tese, a mudança tinha potencial para refletir na composição da base governista na Câmara. Porém, Cleiton assegurou que não vai ser oposição, nem situação. “Eu vou ser um vereador do diálogo. Nós queremos é uma Porto Alegre melhor. Fazer oposição por oposição não faz parte da minha forma de pensar e trabalhar. As questões que forem pertinentes, que fazem parte das nossas pautas, nós trabalharemos. Já as questões contrárias, nós iremos dialogar”, afirma.
A fim de aparar as arestas com o Executivo, Delegado Cleiton convocou uma reunião com o prefeito Marchezan Jr. Formalmente, o trabalhista passa a atuar no Legislativo a partir de segunda-feira. A equipe de André Carús vai ser exonerada. Com a mudança, o MDB perde uma cadeira e o PDT ganha a quarta.
Hoje, a base Marchezan conta com 16 vereadores: PTB (4), MDB (4), DEM (2), Republicanos (2), PSC (1), Rede (1), PSDB (1) e PROS (1). Já a oposição detém 11 cadeiras: PT (4), PDT (4) e PSol (3). Os parlamentares considerados independentes preenchem os outros nove assentos: PP (4), PSB (2), PSD (1), SDD (1) e Novo (1).
MDB articula assegurar vaga de Carús
Enquanto Cleiton era empossado, pela manhã, lideranças do MDB discutiam, nos bastidores, alternativas para manter a cadeira sob o comando da legenda. Uma das opções é pavimentar o retorno de Nádia Gerhard (MDB) para o Legislativo. Eleita vereadora, a militar hoje comanda a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte. Com o retorno dela à Câmara, a cadeira de Carús passa a ser ocupada pela primeira suplente da coligação, Lourdes Sprenger, que assumiu a vereança desde que Marchezan chamou Nádia para o secretariado.
A alternativa ventilada vem ganhando apoio de lideranças do MDB. Caso a manobra saia do papel, Cleiton retorna para o banco de suplentes, sendo o primeiro nome apto para assumir caso ocorra nova alteração de composição da chapa.
