Cesta básica de Porto Alegre baixa de preço, mas ainda é a segunda mais cara

No ano, itens ficaram 1,38% mais baratos mas, em 12 meses, subiram 8,34%

Pelo terceiro mês seguido, a cesta básica de Porto Alegre, calculada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), registrou queda e passou de R$ 469,17 em agosto para R$ 458,29 em setembro. O recuo é de 2,32%. Mesmo assim, o valor do conjunto de alimentos essenciais da Capital permanece sendo o segundo mais alto do país, atrás apenas de São Paulo (R$ 473,85). No ano, a cesta básica de Porto Alegre ficou 1,38% mais barata. Em 12 meses, porém, registrou alta de 8,34%.

Na passagem de agosto para setembro, dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos, sete ficaram mais baratos: o tomate (-24,51%), a batata (-8,71%), o feijão (-1,90%), a manteiga (-0,88%), o café (-0,78%), o leite (-0,69%) e a carne (-0,39%). Cinco itens registraram alta: a banana (11,04%), o óleo de soja (6,12%), o açúcar (1,75%), o pão (0,77%) e o arroz (0,72%). A farinha de trigo ficou estável (0,00%).

Tempo de trabalho e remuneração

No mês passado, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica totalizou 88 horas e 25 minutos, e, em agosto, 90 horas e 24. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em setembro, 43,68% da remuneração para adquirir os itens da cesta. O índice é inferior ao de agosto, quando ficou em 44,66%.