Witzel manda apurar se PM invadiu hospital por bala que matou Ágatha

Governador afirmou que vai apurar “com rigor” denúncia de que grupo de PMs invadiu o Hospital Getúlio Vargas, um dia após a morte da estudante

Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), afirmou pelo Twitter que vai apurar “com rigor” a denúncia de que um grupo de policiais militares invadiu o Hospital Getúlio Vargas, na Penha (zona norte do Rio), um dia após a morte da estudante Ágatha Félix, para exigir dos funcionários a entrega da bala que matou a menina, no Complexo do Alemão.

O site da revista Veja divulgou a informação, no fim da tarde de hoje. Polícia Civil e Militar ainda não haviam se pronunciado sobre a denúncia.

Conforme a revista, os médicos se recusaram a entregar a bala, e os policiais foram embora. Só um fragmento da bala foi encontrado pelos médicos, e encaminhado à Polícia Civil, que concluiu não ser possível compará-la com as armas dos policiais que faziam patrulhamento no Alemão.

“Sobre a informação de que policiais militares teriam tentado pegar a bala que atingiu a menina Ágatha, minha posição é firme: tudo será apurado com rigor. Os fatos, se comprovados, são inadmissíveis. Os culpados serão punidos”, publicou Witzel, no Twitter.

Ághata, de 8 anos, morreu vítima de bala perdida dentro de uma kombi, a caminho de casa, na Fazendinha (uma das favelas do complexo do Alemão), por volta das 21h do dia 20. Testemunhas dizem que o tiro foi disparado por um dos policiais militares e negaram que tenha havido confronto. Já a PM sustenta que havia um tiroteio entre os agentes e criminosos, e que um homem que vinha na garupa de uma moto atirou contra a guarnição.