TST fixa reajuste de 3% e desconta dias parados na greve dos Correios

Funcionários da estatal pararam entre 11 e 18 de setembro

Correios garantem manutenção do Sedex mesmo com greve de servidores | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu hoje que os Correios devem conceder reajuste de 3% nos salários e nos benefícios dos funcionários da estatal. A questão se decidiu durante o julgamento do dissídio coletivo da greve, realizada no mês passado.

Pela decisão, os ministros da Seção de Dissídios Coletivos também decidiram que os dias de paralisação serão descontados em três parcelas na folha de pagamento e que serão mantidas as cláusulas do acordo coletivo anterior. O TST também determinou a exclusão dos pais dos funcionários do plano de saúde, com a exceção de quem estiver em tratamento médico contínuo. Apesar do desconto em folha, a Corte não considerou a greve ilegal.

Em nota aos trabalhadores, a Federação Nacional dos Tralhadores em Empresas de Correios (Fentect) disse que o reajuste de 3% está próximo ao índice de inflação, mas não repara a perda do “direito histórico” de manter pais e mães no plano de saúde. Segundo a federação, o maior avanço foi a mobilização da categoria.

Os Correios informaram que vão cumprir a decisão, mas alertaram para a “delicada situação financeira da empresa”. Segundo a estatal, o prejuízo acumulado é de R$ 3 bilhões, e os gastos com pessoal atingem 62% do dispêndio anual.

No dia 18 de setembro, os funcionários da estatal encerraram a paralisação, realizada desde o dia 11. Durante o período, um plano de continuidade de negócios teve de ser montado pela empresa. Serviços com hora marcada (Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje) foram suspensos nesse período.