Mais quatro pessoas morrem vítimas de sarampo em SP

País soma dez óbitos desde janeiro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Secretaria Estadual de Saúde confirmou nesta quarta-feira mais quatro mortes por sarampo em São Paulo. Em 2019, um total de nove pessoas morreram no estado devido a complicações pela doença. Todas as mortes tiveram confirmação laboratorial. Com mais um óbito, em Pernambuco, o País soma dez mortes desde janeiro.

As vítimas confirmadas hoje foram um bebê do sexo feminino, com 11 meses, na capital; uma mulher de 46 anos, que tinha condições de risco, em Itanhaém; uma mulher de 59, sem histórico de vacina, em Francisco Morato, e um homem de 25, também sem registro de vacinação, em Osasco.

O Centro de Vigilância Epidemiológica estadual monitora a circulação do vírus. Somente neste ano, 5.411 casos de sarampo foram confirmados laboratorialmente. Considerando que o vírus já circula em todo o território paulista, a partir de agora o estado passa também confirmar casos com base no critério clínico-epidemiológico, ou seja, com base em sintomas e avaliação médica, conforme prevê o Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde.

Com isso, mais 976 casos foram confirmados via critério clínico-epidemiológico. Cerca de 59% do total de casos foram registrados na capital paulista.

Segundo alerta da Secretaria, são consideradas pessoas com condição de risco os portadores de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e imunodeprimidos, que podem ficar mais vulneráveis à infecção e a evolução do quadro com maior gravidade.

Vacinação

A vacinação é uma das principais estratégias para combater a doença. A Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo ocorre em duas etapas este ano. A primeira, de 7 a 25 de outubro, para crianças de 6 meses a menores de 5 anos. O dia D, dia de mobilização nacional, ocorre no dia 19 de outubro.

A segunda etapa é prevista para o período entre 18 a 30 de novembro, com foco na população de 20 a 29 anos. com dia D em 30 de novembro. Essa faixa etária é a que concentra a maior frequência dos casos. A vacina a ser tomada é a tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola.

Ao todo, foram distribuídos, pelo Ministério da Saúde, R$ 22,8 milhões para garantir a vacinação de rotina nos estados e a dose extra, chamada de dose zero, às crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias. Mais R$ 37 milhões serão destinados para esse fim até dezembro.