O Ministério da Agricultura, Pecuária a Abastecimento informou hoje que suspendeu a comercialização de 33 marcas de azeite de oliva por motivo de adulteração. De acordo com a pasta, a maior parte das fraudes envolve a mistura com óleo de soja e óleos de origem desconhecida.
As marcas que praticaram fraudes foram: Aldeia da Serra; Barcelona; Casa Medeiros; Casalberto; Conde de Torres; Dom Gamiero; Donana (premium); Flor de Espanha; Galo de Barcelos; Imperador; La Valenciana; Lisboa; Malaguenza; Olivaz; Oliveiras do Conde; Olivenza; One; Paschoeto; Porto Real; Porto Valencia; Pramesa; Quinta da Boa Vista; Rioliva; San Domingos; Serra das Oliveiras; Serra de Montejunto; Temperatta; Torezani (premium); Tradição; Tradição Brasileira; Três Pastores; Vale do Madero e Vale Fértil.
Segundo o ministério, uma fiscalização da Operação Iris identificou 59 lotes com irregularidades. A operação teve início em 2016, mas os lotes com irregularidades são de coletas feitas em 2017 e 2018.
Ainda de acordo com a pasta, praticamente não existe mais estoque no mercado desses lotes, e os remanescentes foram destruídos após o julgamento de processos administrativos contra os fabricantes. No entanto, é possível que os consumidores encontrem ainda outros lotes das marcas incluídas na relação.
Procedência
A orientação é que os comerciantes verifiquem a procedência do azeite antes de formar os estoques que serão colocados à venda. Caso venham a ofertar os produtos, os supermercados podem sofrer punição. “Embora tenham sido alertados quanto às marcas que sistematicamente produzem azeite fraudado, muitos comerciantes ainda insistem em vender esse tipo de produto em razão do baixo preço”, ressaltou a pasta.
Segundo o ministério, com essas fiscalizações, houve uma redução no número de fraudes, para a qual contribuiu também uma ação realizada em abril do ano passado, quando a falsificação envolveu 46 marcas de azeite.
A expectativa é que, a partir de 2020, a fiscalização seja ainda mais rigorosa, com o uso de aparelhos portáteis. Esse dispositivos fazem uma análise preliminar bastante precisa, no momento da fiscalização, sem necessidade de aguardar resultados laboratoriais que, em geral, podem demorar 30 dias entre a coleta e o recebimento do laudo.