Associação de reitores comemora desbloqueio de verbas do MEC

Nota salienta que instituições ainda precisarão de mais recursos para fechar o ano com as contas em dia

A classificação considerou Pesquisa; Empregabilidade e Resultados; Experiência de Aprendizagem; e Engajamento Global Foto: Ramon Moser / Ufrgs

O desbloqueio parcial do orçamento do Ministério da Educação (MEC) vai permitir que universidades federais paguem as contas de setembro e outubro, segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Nota divulgada pelos reitores admite que a liberação é uma boa notícia, mas salienta que as instituições ainda precisarão de mais recursos para fechar o ano com as contas em dia.

“É uma boa notícia. Ainda estamos identificando qual parcela desse valor é das universidades federais e qual é a dos institutos. Significa que as contas de setembro e outubro poderão ser pagas”, disse, no comunicado, o presidente da Andifes, João Carlos Salles.

Ontem, o MEC anunciou que vai destinar às universidades e institutos federais R$ 1,156 bilhão, o equivalente a 58% do total de R$ 1,99 bilhão da pasta desbloqueados pelo Ministério da Economia.

Com o desbloqueio, essas instituições, que tiveram, em média, 30% dos recursos discricionários bloqueados no início do ano, seguirão com cerca de 15% dessa verba contingenciada.

Custeio

Os recursos liberados serão usados, de acordo com a Andifes, nas despesas de custeio para funcionamento das universidades federais, como energia, limpeza, vigilância, combustíveis, insumos para os laboratórios de ensino e pesquisa e a manutenção dos restaurantes universitários, que atendem alunos carentes.

“Continuaremos a dialogar com o Congresso Nacional e o Governo Federal. Para completar o ano, as universidades federais precisam da liberação de 100% do orçamento previsto na LOA [Lei Orçamentária Anual] e, em alguns casos, de suplementação, pois existem dívidas de anos anteriores”, afirmou Salles.

A Andifes deve realizar, nos próximos dias, um levantamento preciso da situação de cada universidade. Ao todo, seguem bloqueados no MEC R$ 3,8 bilhões.