Esteio: protesto de servidores denuncia ações da prefeitura

Funcionários públicos de Esteio exigem solução para problemas ligados à saúde, educação e assistência social.

Servidores fizeram caminhada no Centro de Esteio neste domingo
Servidores fizeram caminhada no Centro de Esteio neste domingo | Foto: Rodrigo Jankoski/Divulgação/Especial/CP

Cerca de 70 servidores municipais realizaram, na manhã deste domingo, uma caminhada no Centro de Esteio. O ato chamou a atenção da comunidade para uma série de denúncias aos setores da educação, saúde e assistência social. Batizada de Marcha da Indignação, a atividade de protesto foi coordenada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Esteio. O ato aconteceu concomitantemente ao Desfile Cívico, transferido pela Prefeitura de Esteio para este final de semana. A mobilização dos servidores teve concentração às 9h, na rua Garibaldi, com espaço para falas e relatos de novas denúncias.

A presidente do Sindicato, Graziela Oliveira Neto da Rosa, disse que a ação foi feita propositalmente neste domingo como uma forma de contraponto. “A atual gestão está vendendo a imagem que a cidade é uma maravilha, mas na prática não é assim”, afirmou. A líder sindical sustentou que o “hospital sofre com a falta de medicamentos e os funcionários foram surpreendidos com um reajuste de mais de 600% na refeição”.

Na educação, a entidade apontou a existência de um “desmonte” nas escolas. “A disciplina de filosofia foi cortada do currículo escolar e turmas estão sendo extintas das escolas sem qualquer tipo de consulta ou diálogo com os professores”, retratou Graziela. A falta de materiais didáticos e de recursos humanos, além da formação pedagógica de qualidade também estão entre os problemas apontados. “Houve redução no fornecimento da merenda escolar”, disse.

O Sindicato também pontua descasos nas áreas da assistência social, como o fechamento do Centro Pop, local que fazia acolhimento dos moradores em situação de rua, e nas obras, cujos serviços estão sendo terceirizados. A Prefeitura de Esteio foi procurada pela reportagem do Correio do Povo. No entanto, o governo do município não se manifestou.