CPI para investigar Marchezan toma forma a partir da próxima semana

Partidos definiram nomes para comissão. Governo assegurou maioria

Foto: CMPA

Um mês após o protocolo, a CPI que vai investigar a gestão do prefeito Nelson Marchezan Jr., na Câmara de Vereadores, toma forma a partir da semana que vem. Na segunda-feira, a presidente do Legislativo, vereadora Mônica Leal (PP), vai assinar o despacho de abertura da CPI, a partir dos nomes indicados pelos líderes. Na mesma data, o presidente da comissão, vereador Roberto Robaina (PSol), convoca o início dos trabalhos para quinta-feira, dia 3. Nessa sessão, devem ser definidos o relator e o vice-presidente.

Como antecipado, além de Robaina, que propôs a investigação, a CPI vai ser composta pelos vereadores Luciano Marcantonio (PTB), Mauro Pinheiro (Rede), Cláudio Janta (SDD), Professor Wambert (PROS), Lourdes Sprenger (MDB), Adeli Sell (PT), Márcio Bins Ely (PDT), Reginaldo Pujol (DEM), Felipe Camozzato (Novo), Moisés Barboza (PSDB) e Ricardo Gomes (PP).

A demora decorre do impasse gerado com a mudança nos blocos partidários da Câmara. Como previsto, a base governista formou maioria entre os integrantes. A CPI deve investigar, sobretudo, irregularidades supostamente cometidas na contratação, via Banco de Talentos, de servidores em cargos de confiança (CCs).

Embora sejam considerados independentes, Janta e Camozzato terão posturas distintas na comissão. O vereador do Novo assinou a abertura dos trabalhos e pretende aprofundar as investigações, enquanto Janta mantém uma postura menos oposicionista. Os 12 vereadores terão 120 dias para concluir as investigações, prorrogáveis por mais 60, para concluir os trabalhos. Em função do recesso parlamentar no verão as atividades podem ser suspensas. Com isso, o resultado final da investigação pode ficar para 2020.

Na atual legislatura, essa vai ser a segunda Comissão de Inquérito conduzida na Câmara Municipal. Em novembro de 2017, o Parlamento apurou, na CPI da Telefonia Móvel, que os maiores problemas incluem a falta de lojas físicas das operadoras, carência na cobertura em diferentes pontos da cidade e problemas no atendimento a clientes.