Frente Parlamentar vai solicitar esclarecimentos ao prefeito Marchezan sobre fim do Imesf

Reunião no fim dessa manhã no plenário Ana Terra, na Câmara, debateu o tema

Frente Parlamentar vai solicitar esclarecimentos ao prefeito Marchezan sobre fim do Imesf
Frente Parlamentar vai solicitar esclarecimentos ao prefeito Marchezan sobre fim do Imesf Imagem: Guilherme Kepler

A Frente Parlamentar em Defesa da Estratégia da Saúde da Família e de seus profissionais, da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, deve convidar o prefeito Nelson Marchezan Jr. a prestar esclarecimentos sobre o fim do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf). Decisão publicada ainda ontem barra o prosseguimento da ação cautelar da Prefeitura de Porto Alegre que pedia a suspensão da inconstitucionalidade da lei que criou o Instituto, oito anos atrás. A decisão é da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o processo aguarda agora publicação do acórdão referente à sentença final.

O vereador Aldacir Oliboni (PT), presidente da Frente Parlamentar, chamou entidades e sindicatos ligados ao Imesf para uma reunião no fim dessa manhã no plenário Ana Terra, na Câmara. Na ocasião, representantes fizeram uso da palavra e pressionaram por uma posição conciliadora da Prefeitura. Oliboni reforçou que o legislativo está aberto aos trabalhadores e à comunidade para buscar uma solução para o tema.

Estevão Finger, da Comissão de Saúde dos Trabalhadores, questionou “com qual cabeça o trabalhador vai para sua unidade depois de descobrir pela imprensa que vai ser demitido?”. Ele alegou que muitos colegas foram pegos de surpresa pela notícia, durante o período de trabalho. “Muitos já estão procurando ajuda médica, não conseguem dormir, estão buscando medicamentos”, lamentou o trabalhador do Imesf.

Assembleia vai debater greve

Uma assembleia está marcada para 1º de outubro, às 16h, na sede do Sindisaúde. Na oportunidade, os trabalhadores vão debater e votar a possibilidade de greve. O Sindisaúde garante que todos os funcionários voltaram aos postos de trabalho (exigência da Prefeitura para dialogar), e cobra que o Executivo volte a entrar em negociação.

Nessa manhã, o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Porto Alegre recebeu representantes da categoria para diálogo. O Ministério Público Estadual (MPE) já havia aberto as portas para os trabalhadores anteriormente, e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) também deve fazer o mesmo nos próximos dias. “Se a prefeitura não quer falar conosco, com o Legislativo, que ao menos fale com os órgãos reguladores”, sustentou Oliboni.