Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) apresentaram hoje um plano de integração operacional. O intuito é integrar os policias das duas forças no enfrentamento a crimes transfronteiriços. Assim como combater a criminalidade nas regiões metropolitanas do Rio Grande do Sul.
O superintendente da PRF, Luís Carlos Reischak falou sobre a Operação. Ele disse que a primeira ofensiva, chamada de Sinergia – já que simboliza os esforços entre as polícias – ocorreu de 11 a 18 de setembro nas regiões de Pelotas e Bagé.
“Ela foi desenvolvida na metade Sul do Estado, com objetivo de fortalecer as ações de enfrentamento à criminalidade no local e foi focada no combate aos crimes transfronteiriços, como combater entrada de armas, drogas e outros ilícitos”, detalha. Na ação foram apreendidos 47 quilos de cocaína, sete quilos de maconha, oito armas em posse de criminosos, além 150 autos de infração emitidos, no intuito de fiscalização.
Além da presença dos agentes, as corporações vão trabalhar pela junção de equipamentos, conhecimento, viaturas e um intercâmbio de informações entre os serviços de inteligência. Dessa maneira, uma maior área deve ser monitorada.
Com a integração, o CRBM pode vir a atuar em rodovias federais e vice-versa. O comandante da corporação, coronel José Henrique Gomes Botelho, lembra que a sociedade tende a olhar as forças somente como fiscalização de trânsito. “Outras ações estão sendo programadas. Nosso projeto é transformar a operação em algo regular, com planejamento prévio, já que há envolvimento de deslocamento de tropas”, explica.
A ideia, como reforça Reischak, é que a operação abranja outras regiões do Estado e, aos poucos, se torne permanente. “Falando em PRF, temos 5,8 mil quilômetros de rodovias no Rio Grande do Sul, elas são rotas de entrada de drogas, armas, contrabando – como cigarro – e descaminho”, salienta.
Somente em 2018, os policiais apreenderam 16 toneladas de maconha. “Esse ano já atingimos 10 toneladas. Prospectamos, com essa união de esforços, que consigamos potencializar esses resultados”, finaliza.
Botelho cita ainda que outro objetivo da Sinergia é o enfrentamento às quadrilhas de ataque a banco em cidades do interior. Esses criminosos agem com base na tática do chamado “Novo Cangaço”, fazendo cordão humano com reféns.
