PF prende mais dois por esquema de hackers de Moro e Deltan

Cerca de 30 policiais federais participaram de buscas em quatro imóveis ligados aos investigados em São Paulo, Sertãozinho (SP) e Brasília

Moro. / Foto: Isaac Amorim / MJSP
Foto: Isaac Amorim / MJSP

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira, a segunda fase da Operação Spoofing, que investiga a invasão de celulares de pelo menos mil pessoas, entre elas autoridades como o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Justiça Sergio Moro e os procuradores da Operação Lava Jato, inclusive Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa. Foram presos o programador de computadores Thiago Martins, o “Chiclete”, e um segundo investigado, identificado como Luiz Molição. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

De acordo com a PF, “Chiclete” se encontrou com Walter Delgatti Neto, o Vermelho, em Brasília. Cerca de 30 policiais federais participaram de buscas em quatro imóveis ligados aos investigados em São Paulo, Sertãozinho (SP) e Brasília.

O programador fica, por enquanto, detido em uma carceragem da PF em Brasília. Molição, preso em Sertãozinho, deve ser transferido ainda nesta quinta-feira, de avião, para a capital federal. Ainda não há previsão de quando os dois devem prestar depoimento.

A primeira etapa prendeu quatro investigados, entre eles Delgatti Neto, o “Vermelho” que confessou o hackeamento e o repasse das informações para o portal The Intercept Brasil, que vem divulgando diálogos atribuídos a Moro e aos procuradores. O hacker disse que não cobrou contrapartidas financeiras para repassar as informações.

Além de “Vermelho”, descrito como líder do grupo, a primeira fase da operação prendeu no dia 23 de julho Gustavo Henrique Santos, o DJ, de Araraquara, a companheira dele, Suellen Priscila de Oliveira, e Danilo Cristiano Marques. A PF ainda tenta desvendar se houve pagamento para a obtenção e compartilhamento de mensagens por parte dos hackers.