O Inter está na final da Copa do Brasil, o que, por si só já é um grande feito. É maior ainda se considerado for o fato que o clube reergueu-se das profundezas da Série B há apenas dois anos. Mas para superar de vez uma das fases mais complicadas de sua história, tanto dentro quanto fora de campo, o time colorado precisa conquistar um título importante. E, para isso, precisa vencer o Athletico Paranaense, hoje à noite, no Beira-Rio, às 21h30min, no jogo de volta da decisão.
Missão colorada
Vontade não faltará ao time. Nem preparação. O técnico Odair Hellmann, que vai para a sua segunda decisão − perdeu a final do Gauchão 2019 para o Grêmio −, tomou todas as precauções. Preparou a equipe para buscar a reversão da derrota sofrida na semana passada, na Arena da Baixada, por 1 a 0, desde os primeiros instantes. A ideia é sufocar o adversário, aproveitando-se do fator local e do apoio da torcida, que deve superar o recorde de público do novo Beira-Rio.
“Estamos perto dessa conquista, assim como o Athletico, que venceu o primeiro jogo. Não podemos mudar a forma que atuamos até aqui. A rotina tem que ser a mesma. Mas, claro, que temos que dar um extra. Estamos decidindo a vida em dois jogos”, enfatizou Rodrigo Lindoso.
Ele, os demais jogadores, a comissão técnica e principalmente a torcida, apegam-se no excelente retrospecto do Inter no Beira-Rio. Em 2019, o time perdeu apenas duas vezes em casa, ambas no Gauchão. “Vai ser um grande dia para nós. Estamos preparados e confiantes. O time está bem, concentrado, para fazer um grande jogo e conquistar essa taça”, enfatizou Guerrero.
Como perdeu o primeiro jogo por 1 a 0, o Inter precisa vencer para ficar com o título, que seria o seu segundo da Copa do Brasil. O empate favorece o Athletico. Se o time colorado vencer com uma diferença de um gol, a decisão segue para os pênaltis, hipótese que foi treinada, mas quer ser evitada a todo custo.
Athletico busca feito inédito para o Paraná
E o título da Copa do Brasil é um feito inédito na competição para um clube do Paraná, que também conta com os vice-campeonatos obtidos pelo Coritiba em 2011 e 2012. Já o Inter poderá se isolar como sexto maior vencedor da história do torneio, com dois troféus, ficando atrás apenas de Cruzeiro (hexacampeão), Grêmio (penta), Flamengo, Corinthians e Palmeiras, dono de três taças cada.
Pelo lado da equipe paranaense, a formação escolhida por Tiago Nunes também deve ser a mesma utilizada no duelo de ida da final. E ele tem a chance de conduzir a equipe a mais um troféu de expressão depois de ter faturado a Copa Sul-Americana na temporada passada. Na campanha até a decisão, o time mostrou força ao eliminar o Flamengo nas quartas de final, no Maracanã, e depois o Grêmio nas semifinais.
E duelos diante do Boca Juniors nesta edição da Libertadores e contra o River Plate na final da Recopa Sul-Americana também ajudaram a deixar o Athletico-PR calejado para conseguir levar a melhor sobre o Inter no Beira-Rio.
“A gente vem com o nível de confiança alto por tudo o que a gente já atravessou nesta temporada, de enfrentar cenários de um Monumental de Nuñez com 60 mil pessoas, um Maracanã com 70 mil, uma Bombonera lotada. Então, a gente já sofreu muito este ano, já enfrentou muitos cenários de pressão, e sinto que a gente está preparado para fazer um grande jogo na partida de volta também”, disse o comandante atleticano.