Por unanimidade, a Assembleia Legislativa aprovou, na noite de hoje, prorrogação dos contratos temporários de 20 mil professores da rede estadual, até o fim do ano letivo de 2020. O universo de trabalhadores representa 31% dos docentes da ativa. Além disso, pelo mesmo placar, de 50 votos a zero, os deputados aprovaram uma emenda conjunta que autoriza a contratação de mais 5 mil professores temporários, totalizando 25 mil até o fim de dezembro de 2020.
A proposta elaborada pelo Executivo previa anteriormente a prorrogação dos contratos até o fim de 2019. Após a costura entre governo e deputados, encabeçada pela presidente da Comissão de Educação da Assembleia, Sofia Cavedon (PT), os parlamentares chegaram a um consenso para estender os contratos até o final de 2020 e ainda abrir um concurso no ano que vem, para que essas 25 mil vagas sejam preenchidas, após análise do Executivo, a partir de 2021.
“Não haverá nenhuma demissão de professores temporários neste ano e ainda conseguimos garantir todo o ano letivo de 2020, com estabilidade na educação estadual, pois aumentamos mais 5 mil cargos, inclusive, englobando servidores de limpeza, cozinha, especialistas e técnicos agrícolas. Nós ainda tivemos uma vitória política, que foi o compromisso firmado de que haverá concurso público para que em 2021 possamos nomear novos concursados”, comemorou Sofia.
Segundo a deputada, desde 2013 o Executivo não abriu um concurso para o Magistério. A prorrogação dos contratos existentes, somada à inclusão de mais 5 mil professores temporários, também agradou o Cpers Sindicato. “Nós ficamos bastante felizes com o resultado da aprovação, pois esta é uma luta de anos do Cpers, que atua para evitar a precarização da Educação”, destacou o professor Edson Garcia, segundo vice-presidente do sindicato.
Em média, o salário de um professor temporário contratado para 40 horas é de R$ 1,8 mil. Para garantir o piso nacional o governo gaúcho aporta mais R$ 700 de completivo, garantindo o mínimo de R$ 2,5 mil.