Centenas de servidores da Segurança fazem protesto em Porto Alegre contra atraso de salários e alterações na previdência

Categorias também vão relembrar morte de policiais em serviço

Foto: Divulgação/UGEIRM

Integrantes da Brigada Militar (BM) e do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul fazem um protesto, nesta terça-feira, em Porto Alegre. O grupo, que reúne centenas de pessoas, mesmo debaixo da chuva, seguiu pelas ruas da Capital em direção ao Palácio Piratini, onde seguia concentrado, às 17h. Outros servidores da segurança, ligados à Polícia Civil e à Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) também engrossaram a manifestação. Os policiais defendem uma reforma da Previdência em simetria com as forças armadas e fazem pressão contra a quebra de paridade e integralidade de salários entre servidores aposentados e da ativa.

Segundo o presidente estadual da Associação que representa cabos e soldados da Brigada Militar (Abamf), José Clemente, a categoria já solicitou agendas com o governo gaúcho, mas não é recebida. “A nossa motivação é pelos quase cinco anos de salários atrasados e a falta de perspectiva para a situação ser resolvida. Além disso, a carreira de nível médio da Brigada Militar está estagnada. A situação mais grave é em relação à previdência em nível federal”.

Segundo o presidente, uma das alternativas para manter os PMs fora da reforma da Previdência é modernizar a carreira. Clemente salienta que, hoje, um servidor que muda de função segue contribuindo apenas pelo salário antigo, embora receba a diferença. Conforme o dirigente, se todos contribuírem pelos vencimentos atualizados, a receita anual pode aumentar em até R$ 17 milhões.

Os servidores também relembraram a morte dos policiais em serviço. Em frente ao Palácio Piratini, os líderes das categorias fizeram discursos antes de entrarem para uma reunião com o chefe da Casa Civil, Otomar Vivian.