O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa a discutir, nesta terça-feira, em Brasília (DF), a manutenção da taxa básica de juros (Selic). O mercado financeiro espera uma redução de 0,5 ponto percentual, passando dos atuais 6% ao ano para 5,5% ao ano.
A expectativa consta na pesquisa semanal do BC a instituições financeiras no Boletim Focus.
Como a taxa básica de juros influencia nosso dia a dia?
A taxa básica de juros é usada no controle da inflação do país. Atualmente, ela está abaixo da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para 2019 e 2020.
Quando o Comitê aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida. Isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
De acordo com as previsões do mercado financeiro, a inflação, calculada pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), deve ficar em 3,45%, em 2019.
Essa foi a sexta redução consecutiva na estimativa, que na semana passada estava em 3,54%.
Para 2020, a estimativa também foi reduzida, ao passar de 3,82% para 3,80%, na segunda revisão consecutiva.
A previsão para os anos seguintes não teve alterações: 3,75%, em 2021, e 3,50%, em 2022.
A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.