O Senar-RS tem nova agenda de ações do programa Deriva Zero acontecendo pelo Estado. dia 26 de setembro, as ações ocorrem em Alpestre e no início de outubro (14 a 23) o treinamento acontece em Lavras do Sul. em São Borja o evento está programado para acontecer dia 21 de outubro.
O Deriva Zero é voltado a produtores rurais de segmentos que usam defensivos agrícolas ao longo do desenvolvimento de suas lavouras e a trabalhadores envolvidos na aplicação de defensivos. A abordagem teórica e prática envolve atualização em tecnologia de aplicação, uso correto e seguro de agrotóxicos, transporte, armazenamento e preparo dos produtos, legislação (procedimentos preconizados na R 31.8 quanto ao uso dos agrotóxicos), rotulagem e sinalização de segurança, formas de exposição direta e indireta, sinais e sintomas de intoxicação, primeiros socorros, equipamentos de proteção individual, equipamentos de pulverização, regulagem e calibração de equipamentos e controle de deriva, entre outros temas.
A qualificação oferecida pelo Senar-RS atende à nova Instrução Normativa SEAPDR n° 06/2019, que estabelece o cadastro de aplicadores de produtos agrotóxicos hormonais do grupo das auxinas incluindo o princípio ativo do 2, 4-D, regulamenta sua aplicação e dá outras providências. O Senar-RS faz parte do Grupo de Trabalho, junto à secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária, para tratar das questões relativas à utilização do agrotóxico 2, 4-D no Estado e oferece programas para combater a deriva, que surge quando partículas de agrotóxico são dispersadas pelo vento ou através da evaporação e atingem áreas fora do alvo da aplicação. Alexandre Prado, coordenador de Programas Especiais do Senar-RS, comenta que a receptividade dos produtores à capacitação tem sido muito boa, especialmente em razão da obrigatoriedade de adequação. A dificuldade, ressalta, fica por conta do curto prazo até o plantio”, comenta Prado
Os interessados devem procurar o Sindicato Rural dos municípios para participar.
Sobre as novas normas
As novas normas publicadas pela SEAPDR estabelecem a criação de um Cadastro Estadual de Aplicadores de Agrotóxicos. Para se cadastrar, os produtores devem ter qualificação para a aplicação de agrotóxicos hormonais de forma segura, evitando assim problemas, como o que foi observado com o uso de produto 2,4-D em 24 municípios do Rio Grande do Sul. Os municípios abrangidos são Alpestre, Bagé, Cacique Doble, Candiota, Dom Pedrito, Encruzilhada do Sul, Hulha Negra, Ipê, Jaguari, Jari, Lavras do Sul, Maçambará, Mata, Monte Alegre dos Campos, Piratini, Rosário do Sul, Santiago, São Borja, São João do Polêsine, São Lourenço do Sul, Santana do Livramento, Silveira Martins, Sobradinho e Vacaria.
A instrução normativa institui que a nova regra valerá inicialmente para estes 24 municípios, mas, a partir de junho de 2020, todos os aplicadores de agrotóxicos hormonais do Rio Grande do Sul terão de ser cadastrados.
O que é a deriva?
A deriva é um problema que causa prejuízos ao próprio produtor, em condições desfavoráveis, a produtores vizinhos, que podem ter seus cultivos danificados pela ação indevida destes produtos químicos. No entanto, de acordo com o coordenador de Programas Especiais do Senar-RS, Alexandre Prado, o problema não está no produto em si, mas na falta de conhecimento dos aplicadores, já que a pulverização pode ser afetada por uma série de fatores como o vento, a temperatura, a escolha das pontas de pulverização, entre outros fatores que determinam o resultado da aplicação.