Estamos sendo radicais demais?

A pergunta que o programa Contraponto desta segunda-feira (16) na Rádio Guaíba apresenta é a seguinte: Você acredita que estamos vivendo tempos de radicalismo nos comportamentos e nas opiniões?

Não costumo me posicionar e deixo para que os convidados especialistas se expressem, entretanto, desta vez, não me contive em colocar a minha opinião.

Acredito que sim. Estamos vivendo tempos muito complicados em relação a posicionamentos e opiniões.

No campo político, a grande maioria parece estar bem dividida: Ou o cidadão é de direita, ou é de esquerda, e salvo raríssimas exceções, onde começam a se discutir os motivos de cada lado, quase que estabelece-se uma ‘guerra’. Nas eleições de 2018 o que se viu foi um combate de ideias e uma rotulagem do que presta ou não presta a partir de quem era o candidato de preferência de um ou de outro.

Vivemos dias difíceis quando o assunto é futebol, religião ou qualquer outra situação onde o que eu penso possa ser diferente do que você pensa…

Mas eu pergunto: Não é possível se viver harmoniosamente pessoas que pensam ou escolhem diferente?

Estamos sendo radicais demais?

Se sim, porque chegamos a este ponto? Egoísmo? Só pensamos em nossas verdades e pouco importa a verdade do próximo?

Educação? A geração atual não consegue tolerar que uma pessoa possa estar certa na sua forma de pensar e a outra, errada?

Estaríamos vivendo uma crise de escassez de argumentos? Onde uma grande parte das pessoas não consegue tolerar que algo possa ser diferente daquilo que eu imagino que seja a minha verdade?

Estaríamos atravessando uma fase onde se auto-denominamos derrotados caso prevaleça que um colega que pense diferente de mim tenha mais adeptos as suas opiniões?

Enfim, são questionamentos que deixo para que cada um de nós possamos pensar a respeito…

Acredito que precisamos de reflexão interna antes de sair por aí taxando que quem gosta do amarelo tenha que necessariamente odiar quem não gosta.

Concordam comigo? Ou não…

Que tenhamos mais respeito pelas opiniões e reflexões contrárias as nossas…

Até à próxima!

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