Após ataque na Arábia Saudita, combustível tende a ficar mais caro no Brasil

Projeção é do especialista Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE)

A disparada no preço do petróleo no mercado internacional, após os ataques a unidades petrolíferas na Arábia Saudita, deve pesar no bolso do consumidor brasileiro. Foi o que projetou hoje o especialista Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), em declarações para o jornal O Estado de S.Paulo.

Segundo ele, os ataques com drones no fim de semana trarão como resultado um aumento nos preços dos combustíveis de 8% a 10% nas refinarias do Brasil. “Claro que não vai ser uma alteração imediata no preço. A Petrobrás vai monitorar a situação, avaliar a extensão da crise e, espero, tomar alguma medida quanto ao preço no final da semana”, disse.

Para ele, esse vai ser um teste importante, para ver qual é, de verdade, a política do governo de Jair Bolsonaro para a Petrobrás. “Eu espero que a empresa mantenha o compromisso de adotar uma política de preço alinhada com o mercado internacional. Sendo assim, espero um aumento nos preços dos combustíveis nas refinarias para as próximas semanas. O problema é que o governo, até agora, está alinhado com a categoria dos caminhoneiros. Será que ele vai assumir esse desafio? Se não assumir, o mercado vai reagir mal.