Após alterações de blocos, partidos definem nomes para CPI e confirmam maioria pró-Marchezan

Dos 12 integrantes, dez já estão confirmados. Impasse no PP e no bloco MDB e PSDB adia definição de todos membros

Foto: Ederson Nunes / CMPA / CP

Após a Câmara Municipal de Porto Alegre ter validado as mudanças dos blocos partidários para composição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), os 12 indicados para compor o colegiado já estão praticamente definidos. Os nomes serão confirmados na próxima semana. A base governista, como previsto, terá maioria na comissão que investigará, sobretudo, irregularidades supostamente cometidas na contratação, via Banco de Talentos, de servidores em cargos de confiança (CCs).

Proponente da CPI, o vereador Roberto Robaina (PSol) será o responsável por conduzir os trabalhos no Legislativo. A comissão será integrada por Luciano Marcantonio (PTB), Mauro Pinheiro (Rede), Cláudio Janta (SDD), Professor Wambert (PROS), Lourdes Sprenger (MDB), Adeli Sell (PT), Márcio Bins Ely (PDT), Reginaldo Pujol (DEM) e Felipe Camozzato (Novo).

As outras duas indicações restantes estão bem encaminhadas, mas o PP espera para segunda-feira bater o martelo em torno do seu representante. A tendência é de que Ricardo Gomes seja confirmado, mas João Carlos Nedel segue no páreo.

Moisés Barboza (PSDB) também é cotadíssimo para preencher a segunda cadeira do bloco formado por PSDB e MDB. Na segunda, ele pretende ouvir o MDB para ver se o partido, responsável pela maior bancada na Câmara, pretende indicar dois representantes. Caso contrário, Moisés Barboza integrará a CPI.

De acordo com a regra de proporcionalidade estabelecida no regimento, o bloco formado por PTB, Rede e PSC indicará dois nomes, assim como o bloco PSDB e MDB e o grupo constituído por Republicanos, PSB, Solidariedade e PROS. Duas vagas também estão asseguradas ao bloco composto por PSol e PT. PDT e PP, que não integram blocos, terão uma indicação a fazer cada. As duas vagas restantes foram destinadas ao DEM e ao Novo, pelo critério de rodízio que contempla os partidos com menor representatividade quantitativa na Casa.

Formada a comissão, os vereadores terão 120 dias para as investigações. O primeiro ato, contudo, será a designação de um relator e de um vice-presidente, o que deverá produzir uma nova frente de disputas em torno dos trabalhos da CPI. O prefeito Nelson Marchezan Jr (PSDB) já afirmou não ter medo algum da investigação. “Não tenho medo de CPI. Eu tenho muitos defeitos, mas vigarista e corrupto não sou. É uma perda de tempo. A CPI vai servir de palco”, enfatizou.

Na atual legislatura, esta será a segunda Comissão Parlamentar de Inquérito conduzida na Câmara Municipal. Em novembro de 2017, o Parlamento apurou na CPI da Telefonia Móvel, que os maiores problemas enfrentados por clientes de empresas de telefonia celular são a falta de lojas físicas das operadoras, carência na cobertura em diferentes pontos da cidade, além de problemas no atendimento a clientes.