Rio: Pacientes do Badim morreram por asfixia de fumaça tóxica

IML divulgou lista com nome das vítimas

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os 11 pacientes que morreram em decorrência do incêndio no Hospital Badim, na zona norte do Rio de Janeiro, recebiam atendimento no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), no 3° andar do prédio mais antigo do hospital, que pegou fogo nessa quinta-feira. A maioria das vítimas, com idades entre 66 e 96 anos, morreu asfixiada pela ingestão da fumaça tóxica, que se desprendeu após um curto circuito no gerador, instalado no subsolo do prédio. Alguns, porém, morreram em razão do desligamento dos aparelhos que os mantinham vivos, provocado pelo incêndio. O fogo começou no fim da tarde de ontem.

O Instituto Médico-Legal (IML) divulgou os nomes dos dez corpos que deram entrada na unidade. Todos foram identificados, necropsiados e liberados para os familiares.

As vítimas foram:

Alayde Henrique Barbieri, 96 anos;
Ana Almeida do Nascimento, 95 anos;
Berta Gonçalves Berreiros Sousa, 93 anos;
Darcy da Rocha Dias, 88 anos;
Irene Freitas, de 83 anos;
José Costa Andrade,79 anos;
Luzia dos Santos Melo, 88 anos;
Maria Alice Teixeira da Costa, 75 anos;
Marlene Menezes Fraga, 85 anos;
Virgílio Claudino da Silva, 66 anos.

A décima primeira vítima, confirmada pelo diretor técnico do Hospital Badim, Fábio Santoro, morreu no Hospital Israelita Albert Sabin, no bairro do Maracanã, para onde havia sido transferida, logo após o incêndio. O corpo não foi transferido para o IML e o nome da vítima ainda não foi divulgado oficialmente.

Dos 103 pacientes do CTI no momento do fogo, 77 seguem internados em 12 instituições de saúde na cidade. Mais 14 foram levados para casa, nesta sexta. Também permanecem hospitalizados 20 funcionários do Badim e acompanhantes de pacientes.

O diretor médico do hospital, Fábio Santoro, assegurou que todos os protocolos de emergência em casos semelhantes foram respeitados e executados pela instituição.

Os trabalhos da equipe de perícia da Polícia Civil devem ser retomados amanhã. O subsolo do hospital está totalmente alagado por conta do combate às chamas. A água vai precisar ser drenada para que as equipes prossigam na investigação das causas do fogo.