O subprocurador-geral da República Augusto Aras se reuniu hoje com procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para discutir o processo de transição do cargo. A procuradora alegou que a reunião privada foi agendada para tratar de assuntos institucionais, embora Aras ainda precise ser sabatinado pelos senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, depois, dependa de maioria em plenário para chegar ao cargo.
Segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a indicação deve ser votada na semana do dia 22 de setembro. O mandato de Dodge termina em 17 de setembro.
De acordo com a procuradoria, ficou acertado que Augusto Aras vai passar a contar com uma assessoria parlamentar e reforço na segurança institucional durante o período de transição. Além disso, não vai mais receber processos para pareceres no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde atua hoje. Aras recebeu também informações sobre situação orçamentária do Ministério Público da União (MPU).
Mais cedo, membros do Ministério Público Federal (MPF) fizeram atos nas sedes do MPF em vários estados, incluindo o Rio Grande do Sul, para defender “a independência do Ministério Público e a transparência ao processo de escolha” do PGR, por meio da lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).
O nome de Augusto Aras não fazia parte da lista. Apesar de o presidente Bolsonaro não ter obrigação legal de indicar os integrantes, a associação considera a indicação um “retrocesso” para o MPF.
