Bovinocultura de corte no RS

EBC

No rebanho bovino, sobretudo os animais que estão em áreas com pastagens de azevém se beneficiam na fase de maior produção de forragem de inverno, com previsão de manter estas condições até meados de novembro.

Nas propriedades com excesso de lotação ou onde não se realiza nenhum tipo de suplementação, os animais de todas as categorias apresentam perda de peso.

Continua o período de parição dos terneiros, que deverá se estender durante a primavera. O manejo nesta época está direcionado para as vacas e novilhas prenhas, a fim de garantir uma condição corporal excelente no momento da parição. Alguns produtores lançam mão do sal proteinado para esta categoria. Outras opções utilizadas são a suplementação com milho, silagem e casquinha de soja.
Os touros também necessitam de volume forrageiro adequado a fim de se manterem aptos para o período de monta que vai iniciar na primavera.

Muitas propriedades colocam os terneiros e terneiras em pastagem cultivada de aveia e azevém, onde devem permanecer até a primavera, quando retornam para o campo nativo.

Monitoramento e controle sanitários são realizados. Em algumas regiões os produtores iniciam protocolos de controle do carrapato.

Comercialização
O mercado de animais para engorda está com procura moderada. Há relatos de carregamentos de gado gordo, porém, com reclamações do preço baixo, que desestimula os produtores que têm matrizes e acabam migrando para a produção de grão. Na região de Santa Rosa, aumenta a oferta de bovinos gordos; no entanto, os compradores preferem cabeças precoces e de peso até 450 quilos. Os animais ainda permanecem nas pastagens, neste momento com predominância de azevém em relação à aveia. Contudo, muitas destas áreas deverão ser desocupadas a partir do próximo dia 20 até o final do mês. Esta situação poderá fazer cair os preços que estão se mantendo estáveis
desde o início do inverno.

Segundo o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar, o preço médio do boi para abate do Rio Grande do Sul foi de R$ 5,36/kg vivo, uma redução de -0,56% em
relação à semana anterior, conforme gráfico abaixo. Já o preço médio da vaca ficou em R$ 4,67/kg vivo, reduzindo -0,64%.

Fonte: EMATER/RS