A escolha do sub-procurador geral da República, Augusto Aras, para a vaga de Raquel Dodge à frente da Procuradoria-Geral da República ainda precisa passar pelo crivo dos senadores. Estão previstas duas votações secretas, a primeira delas, na Comissão de Constituição e Justiça, onde Aras vai ser sabatinado pelos senadores, antes de ser levado a plenário.
O congestionamento de temas importantes na CCJ ampliou a visibilidade do colegiado no Congresso. Ali estão concentradas as reformas da previdência e tributária, além das medidas do pacto federativo. A sabatina pode ocorrer antes do dia 20. Após o protocolo da mensagem presidencial, a CCJ escolhe um relator.
A expectativa é que o parecer sobre a indicação seja lido no dia 11 e, cumprido o prazo de cinco dias corridos para vistas, a sabatina ocorra no dia 18, com imediato envio do tema para votação em plenário. Todos esses prazos podem ser encurtados a depender de acordo político entre os senadores. Os aliados ao Planalto detêm hoje mais de dois terços das vagas na CCJ.
O mandato de Raquel Dodge acaba em 17 de setembro. Com isso, o mais provável é que haja um período de transição entre as duas gestões. Pela lei, a condução interina da PGR, nesse caso, fica a cargo do vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, Alcides Martins, subprocurador-geral da República.