O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, afirmou nesta quarta-feira, não ter medo da CPI. Ele se referia à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada na Câmara Municipal para investigar, sobretudo, irregularidades supostamente cometidas na contratação, via Banco de Talentos, de servidores em cargos de confiança (CCs). “Não tenho medo de CPI. Vigarista eu não sou”, assegurou Marchezan, durante entrevista para o Esfera Pública, da Rádio Guaíba.
O prefeito afirmou “estar acostumado a ver CPI com um objeto específico”, o que não parece ser esse caso. “Eu tenho muito defeitos, mas vigarista e corrupto não sou. É uma perda de tempo. A CPI vai servir de palco”, enfatizou.
Com 120 dias de prazo para investigar, a CPI vai ser presidida pelo vereador Roberto Robaina (PSol), que coletou as 15 assinaturas de apoio. Adversário de Robaina no campo político, Marchezan minimizou haver desavenças com o líder da oposição. “Quando eu olho pro Robaina, eu tenho certeza que ele não me considera um vigarista ou corrupto”, disse.
Marchezan falou, ainda, sobre a relação com o PP, que declarou independência em relação ao governo, apesar de integrar a base que elegeu a chapa em 2016. Contudo, o prefeito externou a boa relação vivida com o vice, Gustavo Paim. “A minha relação com o Paim é ótima”, garantiu.
Sobre as demais ações do Paço Municipal, o tucano destacou avanços, como a PPP da Iluminação Pública, a primeira do Estado, assim como a assinatura de contrato de manutenção de praças e parques. No entanto, Marchezan comemorou a aprovação da revisão da planta de IPTU, que vai injetar recurso adicional, entre R$ 65 milhões e R$ 70 milhões, no ano que vem.
“Sobre o IPTU, eu perdi no primeiro ano. No terceiro ano os vereadores mudaram de ideia. A cidade vai melhorar e as contas fecharão no azul no próximo ano do próximo prefeito. Nós mudamos de rumo. Se o próximo prefeito não fizer nenhuma besteira, ele vai pagar tudo em dia”, finalizou.