O presidente Jair Bolsonaro (PSL) pediu nessa terça-feira que a população vista verde e amarelo no Dia da Independência, em 7 de setembro. “Lembro que lá atrás um presidente falou isso e se deu mal. Mas não é o nosso caso”, declarou Bolsonaro. “É para mostrar ao mundo que aqui é o Brasil. Que a Amazônia é nossa”, disse o presidente.
Em 1992, o ex-presidente que Fernando Collor convocou a população para ir às ruas vestindo as cores da bandeira do Brasil para se opor ao movimento de impeachment de que ele era alvo. Em várias cidades do país, no entanto, as pessoas usaram roupa pretaa. A reação impulsionou protestos pela saída de Collor da Presidência.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, Bolsonaro disse que “personalidades religiosas e empresariais” devem participar do evento na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O presidente discursou no lançamento da “Semana do Brasil”, campanha para estimular ações promocionais de 6 a 15 de setembro.
Segundo o Planalto, 4.680 empresas e entidades “estão mobilizadas e vão participar ativamente oferecendo descontos, promoções e benefícios reais aos consumidores”. O governo não divulgou os nomes das empresas envolvidas na campanha.
No evento, Bolsonaro voltou a defender o período do regime militar (1964 – 1985). “Pode ter sido difícil em algumas coisas, mas foi ‘dez’ na economia, família, amor ao próximo e à pátria”, disse.
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Videoconferência
O presidente afirmou ainda que deve participar por videoconferência de reunião com presidentes da região amazônica, prevista para sexta-feira, em Letícia, na Colômbia.
Ele cancelou a ida ao local por recomendação médica. Sem citar o presidente da França, Emmanuel Macron, Bolsonaro disse que um líder “do outro lado do (Oceano) Atlântico “resolveu falar sobre soberania relativa” da floresta. “Mexeu conosco”, disse. “Mas o pessoal foi acordando”, completou.
Promoções
O presidente da Câmara Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), José César da Costa, disse que o setor está otimista com as vendas na chamada “Semana do Brasil”.
De acordo com ele, em um momento de polarização na sociedade, há risco de boicote a iniciativas promovidas pelo governo. Ainda assim, Costa disse acreditar que, no fim das contas, prevaleça o bolso do consumidor.
“Quando a gente fala em desconto e vantagem, ninguém olha se é A ou se é B, se é governo do partido B ou do partido C. A gente olha se existe vantagem. Se o comércio se manifestar de forma que seja atrativa para o consumidor, nesse momento acaba qualquer tipo de polarização”, afirmou.