Protesto de policiais civis em Porto Alegre cobra definições do governo do Rio Grande do Sul

Manifestação é contra atrasos de salários e quer a publicação de aposentadoria represadas

Mobilização de policiais civis é contra atraso de salários e quer a publicação de aposentadoria que estão represadas | Foto: Jéssica Moraes / Rádio Guaíba

O sindicato dos policiais civis está reunido, desde às 8h da manhã desta sexta-feira, em frente ao Palácio da Polícia, em Porto Alegre, para protestar contra os atrasos de salários, morte de agentes, revisão de operações, publicação de aposentadoria represadas e alíquota previdenciária. Os manifestantes devem permanecer no local até as 20h.

O presidente da Ugeirm Sindicato, Isaac Ortiz, relatou que a categoria não tem encontrado dificuldade para dialogar com o governo do Rio Grande do Sul, mas cobra decisões sobre as reivindicações. “A nossa mobilização é realizada por toda a categoria, contra todos aqueles desmandos. Estamos há mais de quatro anos sem receber salários em dia. Nós imaginávamos que com o governador Eduardo Leite as coisas fossem mudar, mas continuou a mesma coisa e com outros ingredientes, como a ameaça de aumentar a nossa alíquota da previdência (de 14% para 22%), que já é uma das mais altas”, comentou. “Isso nos aterroriza, nos assusta muito. Então, o governo Eduardo Leite precisa tomar decisões, para o sim ou para o não, ao menos para a gente ter um rumo”, acrescentou.

Ortiz destacou que o próprio governador tem se colocado à disposição para conversar. “Do ponto da conversa, nós não temos do que nos queixar. O vice-governador também tem sido muito cordial conosco, mas só que nós estamos recebendo o salário de 30 de julho e hoje é 30 de agosto. Hoje as contas começam a vencer e tudo isso é uma angústia para nós. O governo tem que resolver isso”, continuou.

A chefe da Polícia Civil, delegada Nadine Anflor, declarou que respeita a manifestação da categoria e ressaltou que um diálogo tem sido mantido desde o começo de 2019 com os representantes. “Nós reconhecemos a validade das mobilizações e queremos sempre melhorar o nosso atendimento para a população. Só não queremos que ela saia prejudicada”, colocou. “O governador do Estado e o vice têm falado sobre a importância do assunto e que é prioridade a colocação dos salários em dia dos servidores até o final deste ano. Ninguém gostaria de estar vivendo isso”, completou.