Os três últimos réus julgados pelo assassinato do traficante Cristiano Souza da Fonseca, o Teréu, receberam sentença no final da noite desta quinta-feira, 29. Ubirajara da Silva Barbosa, o mandante do crime, foi condenado a 26 anos de prisão em regime fechado; já Fernando Gilberto de Oliveira Araújo e Daniel Pereira Lopes foram sentenciados a 21 anos e 6 meses cada. Os réus, que já cumpriam pena na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), seguirão na mesma casa prisional.
O julgamento foi presidido pela juíza Taís Culau de Barros. O promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim, que atuou no caso, sustentou que “um dos réus entregou as sacolas usadas para asfixiar Teréu, o outro era o líder da galeria e organizou tudo, enquanto o terceiro ajudou e apoiou moralmente”. Ele acrescentou que o trio foi acusado por homicídio triplamente qualificado com motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. “É a mesma linha de acusação dos outros, com mesma expectativa de pena, mesma prova” afirmou.
Outros cinco envolvidos no crime já haviam sido condenados. O processo deveria ter um nono réu, mas ele faleceu em 2016. No julgamento anterior, em julho deste ano, o promotor declarou que a morte de Teréu estaria ligada à disputa de facções (dentro e fora das cadeias). Além disso, foram apontados como fatores motivantes as desavença dos réus com a vítima e o assassinato do traficante rival Alexandre Goulart Madeira, o Xandi, ocorrido em Tramandaí em fevereiro de 2015.
Entenda o caso
Os nove detentos mataram o traficante asfixiado, em 7 de maio de 2015. Os réus foram denunciados pelo Ministério Público (MP) em junho de 2015 pelo crime de homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.