Bolsonaro antecipa que indulto de Natal vai ter ‘nomes surpreendentes’

Presidente disse deve medida vai beneficiar "colegas policiais que estão presos injustamente" e espera que o "pessoal" o abasteça com sugestões de nomes

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta sexta-feira, que o próximo indulto de Natal vai ter “nomes surpreendentes”. E voltou a dizer que pretende beneficiar policiais condenados por “pressão da mídia”, mas não quis citar exemplos. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

“Tem muito policial no Brasil, civil e militar, que foi condenado por pressão da mídia. E esse pessoal no final do ano, se Deus me permitir e eu estando vivo, vai ser indultado. Nomes surpreendentes, inclusive. Pessoas que honraram a farda, defenderam a vida de terceiros, e foram condenados [sic] por pressão da mídia”, afirmou, em conversa com jornalistas no Palácio da Alvorada, pela manhã.

Nessa quinta, em transmissão nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que o próximo indulto de Natal deve beneficiar “colegas policiais que estão presos injustamente” e espera que o “pessoal” o abasteça com sugestões de nomes.

O indulto é concedido por decreto presidencial para perdoar presos condenados a determinados crimes que não tenham envolvido violência. Em 2018, o ex-presidente Michel Temer desistiu de editar o decreto, porque o Supremo Tribunal Federal (STF) não havia julgado a validade do decreto assinado no ano anterior, que reduzia as restrições e incluía condenados por corrupção entre os beneficiados. Em maio de 2019, o Supremo declarou a constitucionalidade do indulto de Temer.

Caneta Bic deixa de ser usada

Bolsonaro também reafirmou, no encontro com a imprensa, que não vai mais usar a caneta Bic para assinar atos de governo porque se trata de uma marca francesa. A partir de agora, o presidente disse que pretende usar a marca brasileira Compactor. “A caneta Compactor, não é mais Bic, vai funcionar”, disse.

O veto à Bic ocorre após o presidente se envolver em polêmicas com o presidente da França, Emmanuel Macron. O francês criticou as queimadas na Amazônia, dando início à polêmica dias antes do encontro do G7.