Um forte esquema de segurança foi montado na manhã desta quinta-feira para o último julgamento do caso da morte do traficante Teréu, ocorrida na manhã do dia 7 de maio de 2015 no interior do refeitório A da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Três réus foram trazidos por volta das 9h à 1ª Vara do Júri, no Foro Central de Porto Alegre, pelos agentes da Divisão de Segurança Escolta (DSE) da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Houve bloqueio momentâneo da avenida Loureiro da Silva, no sentido centro-bairro, no momento da chegada do comboio de viaturas com sirene e giroflash acionados. Teréu foi encurralado e asfixiado até a morte. O sistema de câmeras de monitoramento do estabelecimento prisional registrou todo o crime, servindo como prova.
O julgamento é presidido pela juíza Taís Culau de Barros. Na acusação atua o promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim. “Um dos réus é acusado de entregar as sacolas usadas para asfixiar Teréu. O outro era o líder da galeria e organizou tudo. O terceiro ajudou e apoiou moralmente”, explicou. Ele acrescentou que o trio foi acusado por homicídio triplamente qualificado com motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. “É a mesma linha de acusação dos outros, com mesma expectativa de pena, mesma prova…” afirmou.
Outros cinco envolvidos no crime já haviam sido condenados, incluindo Maradona, um dos antigos lideres da facção criminosa Os Manos e que recebeu 27 anos de pena. O processo deveria ter um nono réu, mas ele faleceu em 2016. No julgamento anterior em julho deste ano, Eugênio Paes Amorim havia declarado que a morte do traficante estaria ligada à disputa de facções, mas outros motivos poderiam ser agregados como exemplo alguma desavença dos réus com Téreu, o modo cruel do narcotráfico conduzido pelo traficante no Beco dos Cafunchos, no bairro Agronomia, ou ainda o homicídio do traficante rival Xandi ocorrido antes em Tramandaí.