“Decisão da Justiça se cumpre”, resume presidente do Banrisul sobre revogação de liminar

Em agenda na Expointer, presidente Claudio Coutinho demonstrou otimismo com expansão dos recursos voltados ao agro

Presidente do Banrisul participou do programa Guaíba na Expointer, direto da casa do Correio do Povo no parque | Foto: Mauro Schaefer

Em agenda na Expointer, nesta quinta-feira, o presidente do Banrisul, Claudio Coutinho, evitou comentar sobre a revogação da liminar que suspendia a venda de ações do banco, decisão anunciada nessa manhã pela 4ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre.

Em entrevista ao programa Guaíba na Expointer, transmitido ao vivo da casa do Correio do Povo no Parque de Exposições Assis Brasil, ele afirmou que “decisão da Justiça se cumpre”. “Essa liminar simplesmente permite que a venda (das ações excedentes) seja feita, sem nenhum impedimento, o que é um direito do governador”, ponderou.

“Para nós do Banrisul, continuamos o nosso trabalho normalmente. Isso é uma questão do controlador do banco, que é o Estado, detentor das ações. Nós continuamos nossa vida, focados em fazer o Banrisul cumprir o seu papel que é prover crédito e financiamento à economia gaúcha”, finalizou.

Expansão de oferta de recursos para o agro
Os produtores rurais vêm respondendo positivamente à oferta de recursos de crédito feita pelo Banrisul. Em encontro com a imprensa, nesta quinta, na Expointer, Coutinho e o diretor comercial do banco, Fernando Postal, destacaram que o desempenho da instituição durante a feira é “considerável e que o entusiasmo é grande”.

Os números de contratos e os valores movimentados serão divulgados apenas ao fim do evento. Os produtos mais demandados durante a Expointer até o momento foram linhas para compra de tratores e colheitadeiras, além de projetos de armazenagem, irrigação e energia fotovoltaica.

A partir do ano-safra 2019/2020, o banco se propôs a se inserir fortemente no segmento do agro, por meio de uma postura nova adotada pela instituição. No Plano Safra 2019/2020, o banco ampliou em 90% o volume de recursos voltados para o agronegócio na comparação com o ciclo anterior. São R$ 2,95 bilhões de recursos próprios para atender projetos de custeio, comercialização, industrialização e investimento, além de R$ 300 milhões de repasses por meio do BNDES para linhas de investimento. “Queremos, em três anos, triplicar a nossa participação no mercado do crédito rural, que hoje é de 6%”, disse Coutinho.

O diretor comercial acrescentou que o banco nasceu em 1928 justamente com o objetivo de financiar o homem do campo e empreendimentos voltados ao meio rural. “Queremos proporcionar desenvolvimento. O governo está em uma situação de dificuldades, mas o Estado do Rio Grande do Sul é extremamente forte e isto se deve muito ao agronegócio”, complementou Postal.