Tereza Cristina altera agenda na Expointer e diminuem chances de visita de Bolsonaro

Ministra da Agricultura visita Esteio entre quinta e sexta-feira

Foto: Divulgação

Inicialmente planejada para quarta e quinta, a vinda da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a Esteio ocorre agora entre quinta e sexta. A mudança de datas leva as entidades a acreditarem que o presidente da República, Jair Bolsonaro, não participe da Expointer e seja representado pela ministra durante a abertura oficial do evento, marcada para sexta-feira, às 10h.

Nesta quinta, inúmeras entidades farão reivindicações à titular da Agricultura. Pedidos de ajuda para os setores do arroz e do leite estarão no topo da lista de demandas do setor. A Farsul, Federarroz, Fetag devem reforçar junto à Tereza Cristina a necessidade de uma solução para o endividamento dos produtores.

Na semana passada, o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, entregou uma proposta de renegociação de dívidas, sugerindo a utilização dos depósitos compulsórios como ferramenta para a repactuação, sem a aplicação de verba pública. A sugestão é que a medida contemple produtores rurais de municípios que decretaram emergência ou calamidade pública entre 2017 e 2019 em decorrência de fatores climáticos e que comprovem perdas superiores a 20% por meio de Laudo Técnico Agronômico.

O setor do leite vai reivindicar a compra de 30 mil toneladas de leite em pó e 200 milhões de litros de leite UHT, além da implantação urgente do Programa de Escoamento da Produção (PEP) para leite e derivados, já que hoje existe somente o PEP para leite cru. O Sindilat argumenta que o consumo de leite no país não se recuperou, nem mesmo no inverno, e a importação de leite segue pressionando o preço interno.

Já o presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Leonardo Lamachia, disse que vai propor à ministra ações para aumentar a segurança no campo. Ele deseja que a ministra articule com os governadores dos Estados para que todas as secretarias de segurança criem estruturas voltadas para atividades específicas de combate à criminalidade no meio rural. “A vida no campo era para ser tranquila, mas hoje a insegurança atinge todos os lugares”.

Questionada sobre a vinda de Bolsonaro na feira, a assessoria de imprensa da Presidência da República não retornou á reportagem.