Em ofício a Guedes, Moro reclama que corte de 32% em ministério inviabiliza serviços

Ministro argumenta que, para evitar "prejuízos à missão institucional", é preciso um acréscimo considerável a esse valor, de pelo menos R$ 3,71 bilhões

Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, pediu ao Ministério da Economia expansão do orçamento da Pasta para 2020, sob o risco de, se não for atendido, inviabilizar políticas e entrar em “alarmante cenário”.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o ministro defende que o orçamento proposto pela equipe econômica, de R$ 2,61 bilhões, representa um corte de 32% sobre o valor autorizado para 2019. Moro argumenta que, para evitar “prejuízos à missão institucional” do ministério, é preciso um acréscimo considerável a esse valor, de pelo menos R$ 3,71 bilhões.

Segundo Moro, o orçamento proposto vai prejudicar ações de todos os serviços ligados ao ministério, como operações da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, mobilização da Força Nacional de Segurança Pública, emissão de passaporte, além de ações de combate ao tráfico ao crime organizado, à corrupção e à lavagem de dinheiro.

Em levantamento feito em julho no ministério de Moro, registrado em um dos ofícios, há pedidos para mais de quintuplicar o orçamento de órgãos ligados à Pasta, como a Força Nacional de Segurança Pública.

As queixas de Moro foram registradas em três ofícios enviados em 21 de agosto ao ministério comandado por Paulo Guedes e fazem parte de negociações no governo para a elaboração do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2020. O texto deve ser enviado ao Congresso até o dia 31 de agosto.

As informações foram publicadas pelo jornal O Globo e confirmadas pelo Estadão. A tramitação do processo na Economia indica que ainda não houve resposta ao ministro da Justiça e da Segurança Pública.