O mercado de câmbio teve mais um pregão de nervosismo e o dólar fechou em alta pelo terceiro dia seguido, mantendo-se no maior nível desde antes da eleição presidencial do ano passado.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o mercado externo teve peso decisivo para a valorização da moeda americana, nesta segunda-feira, mas notícias domésticas também contribuíram para o investidor fugir de ativos de risco e buscar proteção no dólar. Entre elas, a queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro e a repercussão negativa das queimadas na Amazônia, que pode afugentar investidores estrangeiros e prejudicar negociações comerciais do Brasil.
O dólar à vista fechou em alta de 0,36%, a R$ 4,1395, maior valor desde 18 de setembro do ano passado (R$ 4,14). Na máxima do dia, a moeda americana bateu em R$ 4,16 no meio da tarde, influenciada pelas fortes perdas das ações do BTG Pactual, banco envolvido em investigações da Operação Lava Jato.
A moeda americana acumula alta de 8,37% no mês.
Bovespa
Ainda de acordo com o Estadão, O desconforto do investidor com questões do cenário doméstico fizeram o Índice Bovespa se descolar da influência positiva das bolsas americanas, nesta segunda-feira, registrando queda de 1,27%, aos 96.429,60 pontos – menor pontuação desde 5 de junho (95.998 pontos). Os sinais de estresse começaram no fim da manhã e ganharam maior fôlego à tarde.