Adolescente tinha alvos aleatórios no ataque a escola de Charqueadas, revela investigação

Delegado pretende concluir inquérito sobre o crime até sexta-feira

Foto: Mêlanie Albuquerque / Record TV RS / Especial

O delegado Marco Aurélio Schalmes, responsável pelo caso em que um adolescente atacou uma escola municipal de Charqueadas, na região Carbonífera, descartou a possibilidade de o agressor ter procurado uma vítima específica. Na sexta-feira, o adolescente disse que o alvo era outro aluno com quem ele estudou em 2015, porém aos policiais disse saber apenas o apelido. Durante as apurações, a Polícia Civil constatou que o desafeto não existia, e que ele, na verdade, entrou na escola procurando alvos de forma aleatória.

Na tarde da última quarta-feira, por volta das 13h10min, o adolescente invadiu a escola no bairro Vila Aços Finos Piratini e atacou estudantes. Dois meninos de 14 anos, duas meninas de 12, uma de 13 e uma de 14 foram encaminhados para o Hospital de Charqueadas. Eles sofreram cortes superficiais e elas escoriações durante a fuga. Todos já receberam alta.

As investigações apontaram que ele buscou “inspiração” no atentado contra a escola Raul Brasil, em Suzano, no interior de São Paulo. O crime deixou sete mortos, em 13 de março deste ano.

Schalmes salienta que o agressor é um jovem retraído e de poucas amizades. “Ele tinha um isolamento social e questões familiares”, dois elementos que, conforme o delegado, podem ter interferido na ação. O celular do adolescente, entregue à perícia, está sendo analisado. O delegado estima que até sexta-feira deva concluir o inquérito.