Governo pede mais cinco dias para decidir sobre uso, em ações na Amazônia, de fundo da Lava Jato

Prazo imposto pelo ministro do STF Alexandre de Moraes vence neste domingo

Ministro Alexandre de Moraes. Foto: Carlos Moura / STF / Divulgação CP

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais cinco dias para que órgãos do governo federal (o Ministério da Economia, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e a própria AGU) enviem ao tribunal uma manifestação sobre a possibilidade de destinar R$ 800 milhões -, oriundos de multa paga pela Petrobras em acordo com a Justiça americana – à prevenção e ao combate de incêndios florestais na região amazônica. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, deu 48 horas para os órgãos opinarem – prazo que se encerra neste domingo. O destino dos R$ 2,5 bilhões do Fundo da Lava Jato parou na Suprema Corte em março, depois de a Procuradoria-Geral da República (PGR) questionar o acordo fechado entre a Petrobras e a força-tarefa da Lava Jato no Paraná que estabeleceu, entre outros pontos, a criação de uma fundação para gerir parte da multa. O caso caiu com Moraes, que resolveu suspender o acordo entre a estatal e o Ministério Público paranaense.

Com a situação gerada pelas queimadas na região amazônica, a mesa diretora da Câmara afirmou ao STF ser “urgente” que parte da multa seja destinada à prevenção e combate de incêndios na floresta.

A Câmara pede ainda que R$ 200 milhões sejam usados para descontingenciar o bloqueio orçamentário que existe em desfavor de programas relacionados à proteção do meio ambiente.