Weintraub: recursos de universidades podem ser desbloqueados a partir de setembro

Nessa quinta-feira, ministro se reuniu com reitores

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse hoje que o cenário sugere a possibilidade de que os recursos contingenciados das universidades possam ser desbloqueados a partir de setembro. De acordo com o ministro, a aprovação da reforma da Previdência cria um ambiente favorável para a retomada da atividade econômica e, como consequência, o aumento na arrecadação de impostos, o que alivia o caixa do governo.

“Desde o primeiro momento, a gente falou que contingenciamento não era corte”, disse, atribuindo a governos passados a crise na boca o caixa. “Estou simplesmente mantendo tudo o que eu estou falando há 120 dias”, completou.

Parceria
A afirmação ocorreu durante coletiva do Ministério da Educação (MEC) para falar sobre o acordo com 41 instituições de ensino superior, de Portugal, que passarão a aceitar as notas do Exame Nacional do Ensino Médio como forma de seleção de estudantes brasileiros em cursos de graduação.

Andifes
Nessa quinta-feira, o ministro se reuniu com reitores da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Na ocasião, Weintraub acenou que o repasse no orçamento das universidades e institutos federais passa a se normalizar a partir do próximo mês.

Na ocasião, a Andifes disse que o ministro reconheceu que a situação econômica do país exigiu um contingenciamento que limitou as ações no MEC e nas universidades. “Mas disse também que a arrecadação melhor no mês de agosto, junto com o recebimento de dividendos por parte do Governo Federal”, permite um desbloqueio a partir do mês de setembro, detalha a Andifes em nota.

Bloqueio
Em março, o governo anunciou contingenciamento no orçamento das universidades e institutos federais de educação no montante de R$ 2 bilhões da verba prevista, o equivalente a 29,74% do total do orçamento anual. Segundo o ministro, o bloqueio da verba era necessário devido à redução na previsão de crescimento do país. O Orçamento elaborado no ano passado previa um crescimento de 2,5% no ano, o que o governo descarta. Além disso, com o recuo da atividade econômica no primeiro semestre, houve uma redução na arrecadação.