O governo do Estado lançou, nesta sexta-feira, o edital de licitação da parceria público-privada da Corsan. A PPP vai permitir a contratação de uma empresa que deve investir na universalização dos serviços de coleta e tratamento de esgoto na Região Metropolitana de Porto Alegre. O projeto totaliza investimentos de R$ 2,2 bilhões, sendo R$ 1,8 bi da empresa vencedora do leilão e R$ 370 mi da Corsan. A ganhadora do certame será conhecida em 29 de novembro.
Ao lado do presidente do BNDES, Gustavo Montezano, o governador ressaltou a convergência dos governos federal e estadual na pauta do desinvestimento estatal. Eduardo Leite comemorou a construção da PPP. “É um dia histórico para o Rio Grande do Sul”, afirmou.
A empresa contratada receberá um pagamento de R$ 9,6 bilhões ao longo dos 35 anos de serviço. O presidente da Corsan disse que o valor passou por uma consultoria técnica. Roberto Barbuti destacou a possibilidade do leilão trazer uma oferta mais barata. “Nada como a concorrência”, projetou. A companhia garantiu que os clientes da Corsan não vão pagar mais com as mudanças. “O consumidor não é impactado diretamente”, afirmou Barbuti.
Serão beneficiados os municípios de Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Eldorado do Sul, Esteio, Gravataí, Guaíba, Sapucaia do Sul e Viamão. O prazo para conclusão dos serviços é de 11 anos. Atualmente, uma média 32% do esgoto dessas cidades é coberto por redes de tratamento. No fim do prazo estipulado, a Corsan estima cobertura de 87%.