Polícia Civil fecha fábrica de cigarro paraguaio falsificado em Canoas

Depósito servia para armazenar pelo menos 25 toneladas de fumo

Foto: Divulgação/PC

A Polícia Civil considera ter descoberto, em território gaúcho, a ponta de uma rede nacional de produção de cigarros falsificados com nomes de marcas conhecidas do Paraguai. Na noite dessa sexta, os agentes da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) de Canoas, sob comando do delegado Thiago Lacerda, localizaram o depósito da fábrica clandestina no bairro Niterói, quase no limite com Porto Alegre.

“Havia pelo menos 25 toneladas de fumo”, estimou na manhã deste sábado o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), delegado Mário Souza. Segundo o policial, no local ainda foram encontrados milhões de embalagens, selos, filtros e outros insumos utilizados na confecção do produto. Não havia maquinário, nem ninguém trabalhando no endereço no momento da chegada da Polícia, que deflagrou a operação Cortina de Fumaça após quase dois meses de investigação. “A suspeita inicial era de roubo de cargas”, recordou Mário Souza.

Todo o material apreendido permanece agora sob vigilância policial para ser contabilizado e analisado com apoio do Instituto-Geral de Perícias (IGP) e da Receita Federal.

“Pretendemos identificar também a origem dos insumos”, adiantou Mário Souza. “O certo é que abasteciam todo o Rio Grande do Sul”, acrescentou. O delegado recordou que os cigarros falsificados são vendidos a valores ainda menores que o produto paraguaio fabricado com licença, mais barato que o do Brasil. A comercialização costuma ser feita por ambulantes e estabelecimentos na periferia.