Terminou, no início da noite desta quinta, o júri popular de Wilian da Silva Garcia, um dos acusados de matar cinco pessoas e deixar um ferido em Eldorado do Sul, na região Metropolitana. A pena imposta é de 175 anos e seis meses de reclusão, em regime inicial fechado. O réu não vai poder apelar em liberdade.
O juiz Marcos Henrique Reichelt, da Vara Judicial da Comarca, presidiu o júri, realizado na Câmara de Vereadores da cidade. Conforme o magistrado, os jurados acolheram, na íntegra, a tese da acusação, depois de nove horas de debates.
Foram estabelecidos 30 anos de pena para cada vítima. A sentença também levou em conta duas qualificadoras: motivo torpe, decorrente da exibição de força e da intenção de controle do tráfico de drogas na região, e recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa das vítimas (o réu e os comparsas usaram uniformes da Polícia Civil para a prática do crime).
Os jurados ainda condenaram William pelos crimes de latrocínio tentado (pena de 20 anos); receptação de veículo roubado (pena de 2,5 anos) e participação em associação criminosa armada (pena de 3 anos).
Os crimes ocorreram na madrugada de 6 de junho de 2016. Os outros três réus da chacina estão sendo processados separadamente. Os julgamentos devem ocorrer em agosto.
Conforme a denúncia do Ministério Público, o crime teve motivação na busca pelo domínio do tráfico de drogas no bairro Cidade Verde. O único sobrevivente teve uma mochila e um par de tênis roubados, e o carro usado para deslocamento dos réus havia sido roubado, em Viamão.
