Homicídios da madrugada em Porto Alegre tiveram tortura como característica em comum

Todas as vítimas foram atingidas com mais de 15 disparos de arma de fogo

Foto: Samuel Vettori/Record TV

Em coletiva de imprensa realizada no início da tarde desta terça-feira, a Polícia Civil informou que os quatro assassinatos registrados, nessa madrugada, na zona Leste de Porto Alegre, tiveram a tortura com característica em comum. Em todos eles, as vitimas foram atingidas com mais de 15 disparos de arma de fogo.

No primeiro, ocorrido perto da meia-noite, no bairro Jardim Carvalho, ocupantes de um veículo de cor branca chegaram ao beco Eduardo Secco e atiraram contra três pessoas, matando uma delas. Diego Pedro Cavitione levou mais de 15 tiros de calibre 380. Os outros dois baleados, entre elas um catador de materiais recicláveis, foram encaminhados ao Hospital com lesões. Cavitione possuía antecedentes criminais por porte ilegal de arma de fogo, receptação e tráfico de drogas.

Já por volta das 2h, um triplo homicídio se registrou na rua Juliano Moreira, no bairro Jardim Botânico. Homens em um veículo, também de cor branca, invadiram uma residência e mataram Paulo Ricardo Lima de Oliveira, de 32 anos, Karine Oliveira da Silva, também de 32, e Pablo Nunes Almeida, de 22.

A Polícia suspeita que Almeida tenha sido sequestrado e mantido amarrado, com o uso de fios de luz, enquanto os atiradores se dirigiam à rua Juliano Moreira. Ele ainda teve um dos dedos cortado. Ao entrar com a quadrilha na residência do casal, os criminosos desamarraram Almeida e também o executaram.

Os três mortos, atingidos com mais de 15 disparos, não possuem antecedentes na Polícia. Testemunhas disseram nunca terem visto o casal com a terceira vítima. A Polícia também recebeu relatos que até quatro homens podem ter cometido os crimes.

A motivação para os assassinatos e a relação entre as vítimas ainda não se esclareceram. O delegado Gabriel Bicca disse acreditar que o “modus operandi” é característico do crime organizado.