Ministro recebe caminhoneiros na semana que vem para falar sobre frete

Resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) gerou reação imediata dos líderes do setor, que voltaram a falar em paralisações

Foto: Arquivo / Agência Brasil / CP Memória

Diante da insatisfação de caminhoneiros com a resolução publicada ontem sobre a política de pisos mínimos do frete rodoviário, o Ministério da Infraestrutura vai se reunir com a categoria, na semana que vem, para tentar encontrar um consenso que evite uma greve do transporte rodoviário.

A resolução, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), gerou reação imediata dos líderes do setor, que voltaram a falar em paralisações. A data exata para esse encontro com os caminhoneiros depende ainda da agenda do ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, publicou hoje o jornal O Estado de S.Paulo.

Um dos líderes dos caminhoneiros autônomos, Wallace Costa Landim, conhecido como Chorão, publicou ainda na noite de ontem um vídeo relatando uma conversa com o ministro, que, segundo ele, prometeu adequações à resolução da ANTT.

O ministério confirmou a conversa entre os dois, mas não adiantou qualquer informação sobre mudanças na resolução. Segundo a assessoria da pasta, “o ministério continua aberto para dialogar com a categoria”.

Nesta sexta, mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro disse não acreditar em uma paralisação dos caminhoneiros neste momento.

Com as alterações publicadas ontem, a resolução sobre o tema prevê que o cálculo do frete mínimo passe a considerar 11 categorias na metodologia de definição dos coeficientes de piso mínimo. A resolução também amplia os itens levados em consideração para o cálculo.

A ANTT informou ainda que vai aprofundar, até janeiro de 2020, os estudos para tratamento de cargas especiais – vidros, animais vivos, guincho para reboque de veículos, produtos aquecidos, logística reversa de resíduos sólidos, granéis em silo, entre outros -; tratamento específico de cargas fracionadas e para transporte dedicado voltando vazio. A agência vai analisar ainda o destaque do diesel na fórmula do piso mínimo.