Leilão da Lava Jato termina sem compradores para os principais itens

Não há prazo para os bens voltarem a ser oferecidos, incluindo lancha de Cabral, de mais de R$ 2 milhões

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Os principais itens do leilão ocorrido, nesta quinta-feira, com bens apreendidos na Operação Lava Jato no Rio de Janeiro não foram arrematados e deverão ser reavaliados judicialmente. Não foram vendidos, por exemplo, a lancha Manhattan Rio, do ex-governador Sérgio Cabral, nem o sítio do delator Carlos Miranda. O leiloeiro oficial Renato Guedes vai pedir uma reavaliação ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal.

“Vamos fazer um estudo, pedindo uma manifestação ao juízo por uma nova avaliação desses bens, a fim de irem a leilão novamente. A gente acredita que os valores estão um pouco fora do mercado neste momento. Os bens se deterioraram ao longo do tempo”, disse Guedes.

Não há prazo para os bens voltarem a leilão. Os principais itens incluem o sítio de Miranda, em Paraíba do Sul (RJ), com 51 hectares, com avaliação mínima de R$ 2,250 milhões, e a lancha de Cabral, com quatro suítes, com avaliação mínima de R$ 2,360 milhões.

A casa do sítio, por exemplo, sofreu depredação, com ladrões levando quase tudo de valor que havia no imóvel. Foram vendidos no leilão de hoje somente um jet ski, por R$ 50,6 mil, e um automóvel Pajero, blindado, por R$ 124 mil.