Justiça prorroga, por 30 dias, prisão temporária de filhos de Flordelis

Lucas Santos e Flávio dos Santos estão presos desde 17 de junho, suspeitos de envolvimento na morte do marido da parlamentar

Foto: Michel Jesus / Câmara dos Deputados

A Justiça prorrogou, por mais 30 dias, a prisão temporária dos dois filhos da deputada federal Flordelis, nesta quinta-feira. Lucas Santos, de 18 anos, e Flávio dos Santos, de 38, estão presos por suspeita de envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo, marido da parlamentar, assassinado no dia 16 do mês passado, em Niterói.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) concedeu parecer favorável após o pedido da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, que comanda a investigação.

De acordo com informações da Record TV Rio, o inquérito sobre a morte de Anderson já está finalizado, dependendo apenas de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a imunidade parlamentar de Flordelis para divulgar os resultados da investigação.

Para a irmã de Anderson, Michelle do Carmo, quem executou o pastor foi um dos moradores da casa onde ele morreu baleado, no bairro de Pendotiba.

“Na minha opinião, hoje, vendo tudo que está acontecendo e o que aconteceu com ele [Anderson], o mandante do crime está dentro da casa e as pessoas que fizeram as coisas com ele estão dentro da casa”, contou Michelle, em entrevista à Record TV Rio.

O R7 tentou contato com a defesa dos citados na reportagem, mas não houve retorno. Os advogados vêm dizendo que, nas celas individuais onde Flávio e Lucas estão, de cerca de dois metros quadrados, não há cama, pia ou vaso sanitário. A polícia argumenta que é importante eles estarem na carceragem da delegacia ara eventuais esclarecimentos, mas a defesa contesta, apontando as condições inadequadas do local.

O pastor Anderson morreu baleado após chegar em casa, na madrugada de 16 de junho. Segundo a polícia, Flávio confessou ter atirado seis vezes no padrasto. No quarto dele, a Polícia encontrou uma pistola e, ontem, confirmou ter sido essa a arma usada no crime.

A defesa rebate, negando que ele tenha confessado o crime. Lucas, segundo a polícia, comprou a pistola. Os motivos do crime ainda não foram divulgados oficialmente.