Governo quer reduzir alíquota do IR para máximo de 25%, antecipa Bolsonaro

Presidente também disse que, durante a semana, devem ser anunciadas novas regras para saques de contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)

Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje que o governo vai trabalhar por uma reforma tributária mexendo apenas em impostos federais, com perspectiva de redução da carga tributária ao longo do tempo. Uma das mudanças passa, segundo ele, pela redução da alíquota máxima do imposto de renda (IR) para 25%. Atualmente, o teto para pessoas físicas é de 27,5% e para pessoas jurídicas, de 34%. Outra ideia do governo é unificar impostos e contribuições federais, como PIS, Cofins, IPI e IOF, em um imposto único.

“O que nós queremos fazer, conforme explanação do Marcos Cintra, no dia de ontem, na reunião de ministros, é mexer só com os tributos federais. Uma tabela de imposto de renda de, no máximo, 25%, e dar uma adequada. E nós queremos, segundo o próprio Onyx Lorenzoni falou, no dia de ontem, na reunião, nós queremos, ano a ano, ir reduzindo nossa carga tributária”, afirmou o presidente em entrevista a jornalistas logo após participar da cúpula do Mercosul, em Santa Fé, na Argentina.

O Brasil assumiu a presidência pro-tempore do bloco pelos próximos seis meses. Durante o discurso na cúpula, Bolsonaro afirmou que pretende trabalhar pela redução de tarifas e ampliação de acordos comerciais com outros países. O presidente retorna ainda na tarde desta quarta-feira para Brasília.

FGTS

Ainda na entrevista, Bolsonaro disse que, durante a semana, devem ser anunciadas novas regras para saques de contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “É uma pequena injeção na economia e é bem-vindo isso daí, porque começa a economia, segundo os especialistas, a dar sinais de recuperação”, disse.

Perguntado sobre a possibilidade de o Senado reincluir estados e municípios na reforma da Previdência, o presidente ponderou que isso deve ser feito em um projeto paralelo, para evitar que o texto tenha retornar à Câmara. “Pode ser uma PEC paralela, é outra história para ser discutida”, disse.

Eduardo embaixador
Bolsonaro voltou a comentar sobre a eventual indicação do filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Segundo ele, consultas preliminares serão feitas ao governo norte-americano e o presidente Donald Trump deve dar o “sinal positivo”.

Na coletiva com chanceleres do Mercosul, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, elogiou Eduardo Bolsonaro e disse que ele pode ajudar a alavancar projetos entre o Brasil e Estados Unidos.