Líderes se reúnem pela segunda vez para articular votação da reforma da Previdência

Oposição negou acordo e prometeu obstruir negociações

Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados

Líderes partidários se reúnem pela segunda vez, agora à tarde, a fim de tentar chegar a um acordo de procedimento para a votação da reforma da Previdência em plenário, na Câmara dos Deputados, a partir desta terça. Mais cedo, líderes da base governista propuseram à oposição a retirada da obstrução (recursos regimentais para atrasar os trabalhos) em plenário, permitindo a discussão da proposta. A ideia era votar a matéria amanhã, com apenas dois requerimentos de obstrução. A oposição não concordou com essa sugestão.

Foi marcada, então, uma segunda reunião de líderes para que seja definido o rito de votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reformaa: se houver acordo com a oposição, a votação dever ficar para esta quarta-feira; se não houver, governo e os partidos do Centro vão tentar vencer a obstrução e colocar em votação ainda hoje o texto-base da reforma.

Mais cedo, ao chegar para a reunião de líderes para discutir a votação da reforma da Previdência no plenário, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que vai trabalhar para que o texto-base da proposta seja aprovado, em primeiro turno, entre hoje e amanhã.

“Vamos trabalhar para isso. Não é uma votação simples: 308 votos é um número enorme de parlamentares. Ainda temos algumas conversas sendo feitas, mas a nossa intenção é que a gente possa fazer um bom debate durante o dia e, a partir do início da noite, tentar começar a construir o processo de votação. Temos que esperar para garantir quórum. Temos que chegar a 490 deputados [em plenário] para não ter risco de perder a votação”, afirmou.

Maia disse estar otimista em votar o texto-base e os destaques com sugestões de mudanças na proposta em primeiro e segundo turno até o fim da semana. Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, a matéria precisa do voto favorável de pelo menos 308 deputados em dois turnos de votação para, então, seguir para análise do Senado.