O comando da Trensurb afastou a responsabilidade da empresa no cartel que funcionou durante a compra de 15 trens novos em 2012. Uma decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou, nesta segunda-feira (08), 11 empresas e 42 pessoas pelo esquema nos metrôs de São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre. No Estado, os veículos foram vendidos por um consórcio formado pela francesa Alstom e pela espanhola CAF. As composições apresentaram defeitos em 2014 e foram retiradas de circulação dois anos depois. Atualmente, os 15 trens não operaram em simultâneo.
Nesta terça-feira, o diretor-presidente da Trensurb, David Borille, afirmou que a empresa foi vítima da ação. “Para nós, coube recuperar esses trens e colocar em funcionamento para os usuários”, ponderou. A companhia projeta recuperar os 25 veículos antigos em um projeto do Ministério do Desenvolvimento Regional.
A Trensurb espera operar com trens duplos no horário de pico até o mês de agosto. A medida será viabilizada com o funcionamento de uma subestação em Sapucaia do Sul. “O usuário merece que melhore a qualidade do serviço”, afirmou Borille.
Durante esta terça, a empresa recebeu um seminário sobre mobilidade. O encontro discutiu os desafios e benefícios da expansão da rede de transporte de passageiros sobre trilhos. Estiveram presentes autoridades de prefeituras da Região Metropolitana de Porto Alegre, além de técnicos da Trensurb e de empresas privadas.