Toffoli: chefia da PGR deve ser ocupada por subprocurador-geral

Presidente Jair Bolsonaro, até o momento, não se comprometeu em seguir lista tríplice

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, defendeu hoje como ideal que a chefia da Procuradoria-Geral da República (PGR) seja ocupada por um subprocurador-geral da República, que é o último estágio da carreira para integrantes do Ministério Público.

Questionado se considera importante que o ocupante do cargo seja escolhido entre os nomes da lista tríplice encaminhada ao presidente da República pelos integrantes do MP após eleição interna, como vem ocorrendo desde 2003, Toffoli disse apenas que é direito do presidente essa “escolha constitucional”.

O presidente Jair Bolsonaro, até o momento, não se comprometeu em seguir a lista. Em entrevista no mês passado, ele disse que vai “estudar” a lista, mas que observa a “Constituição” na escolha do próximo PGR, que deve ser feita “aos 48 do segundo tempo”. As regras constitucionais estabelecem somente que o cargo seja ocupado por algum membro do MP, não prevendo lista ou nível hierárquico como critério para a seleção.

Na lista encaminhada pela Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) ao presidente da República, aparecem em primeiro e segundo lugar, dois subprocuradores-gerais da República – Mario Bonsaglia e Luiza Frischeisen, respectivamente. O procurador regional da República Blal Dalloul é o terceiro nome.

O mandato de Raquel Dodge, atual procuradora-geral, termina em 18 de setembro. Ela optou por não disputar a eleição interna conduzida pela ANPR, mas já se colocou à disposição para uma eventual recondução por mais dois anos no cargo.

Após ser indicado por Bolsonaro, o nome do novo procurador-geral deve ser aprovado pelos senadores após uma sabatina, segundo prevê a Constituição.

Na semana passada, os três integrantes da lista tríplice visitaram o Senado, onde foram recebidos pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP).